Bandersnath: O simulacro - Capítulo 1
Depois de noites em claro, dias lentos com céu azul e lindo sol, mas nada além de cinza diante dos olhos, despertar e sentir que o vento a cada manhã traz sentimentos que não conseguimos prever, é bom levantar da cama e fazer as coisas acontecerem, em modo automático com algumas exceções de corajosos revolucionários.
Em um pequeno quarto nos arredores do centro da cidade, o dia começa a raiar com o sol do clima tropical atravessando a janela entreaberta de alguém que se mudou a pouco tempo, estudante, que ainda estava tentando abrir seus olhos castanhos sensíveis ao sol.
-Mais um dia. - diz Adriel, abrindo os olhos e vendo o relógio que marcava a hora de ir para emissora de TV onde trabalhava a pouco tempo.
Se levantou esfregando os olhos ainda cerrados. Tomou um banho quente para tentar acordar um pouco mais. Colocou seu uniforme, cinza, assim como a maioria dos dias e olhares de muitos.
Seu apartamento era simples, desde que chegou em São Paulo para estudar a quase 4 anos, morava no mesmo lugar.
A emissora de TV onde trabalhava como assistente de edição, ficava do outro lado da cidade, o que demandava um certo tempo e paciência para chegar lá. Nesse período de viagem ele pensava em como as notícias, os programas, filmes e todas as coisas produzida para mover a indústria era aceita sempre de bom grado e nunca questionada pela sociedade. Só quem produz sabe como não cair nas tentações desse sistema.
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