Novo RoboCop será retratado como um drone de consência


Como você sabe, no ano que vem estreará nos cinemas de todo o mundo uma nova versão do clássico “RoboCop”. O primeiro filme foi lançado na década de 80 e se tratava de uma sátira política e social sobre o estilo de vida e a ganância corporativa da época. O novo, pelo visto, também virá recheado de questões políticas, incluindo uma que vem causando certa preocupação, relacionada à inevitável adoção de armas de guerra no controle do crime local.
Quem está no comando do novo longa é o brasileiro José Padilha — acostumado a lidar com temas políticos, como aconteceu em Tropa de Elite 1 e 2 —, que conversou com o pessoal do io9 para explicar as razões que o motivaram a trazer a discussão sobre o emprego de drones pela polícia. No filme, as leis do futuro proíbem que essas máquinas de matar puxem o gatilho, e é aí que o policial ciborgue entra em cena, no intuito de se encaixar em uma brecha da lei.

Máquinas com consciência



De acordo com Padilha, a sua intenção é pôr em pauta questões relacionadas à conduta de máquinas e humanos. Assim, se um policial dispara contra alguém, ele pode ser julgado com base em sua decisão de puxar o gatilho, e então é possível determinar se esse indivíduo cometeu um erro ou não. Mas e no caso das máquinas, quem é o responsável quando um drone comete um erro e dispara contra alguém?


Conforme explicou Padilha, hoje essas máquinas são empregadas em conflitos e controladas remotamente por humanos. Contudo, chegará o dia — que, segundo o brasileiro, não deve tardar muito — em que os drones serão autônomos, uma espécie de “Exterminadores do Futuro”, dispensando a necessidade de alguém que os pilote. Portanto, no caso de um acidente, de quem será a culpa?
O RoboCop de Padilha nada mais é do um policial metade homem metade máquina, ou seja, um drone com consciência e capaz de decidir sobre suas ações. Segundo o brasileiro, esta nova versão do clássico não é um remake do original, já que o filme de então retratava as preocupações — como o medo e a violência — daquela época. O longa de agora toma emprestado os aspectos centrais do clássico, adaptando-os às inquietações atuais.


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