As 7 ideias mais perigosas de Steve Jobs
Jobs não tinha placa no carro e não respeitava leis de trânsito. Seus funcionários criaram um slogan: "Estacione diferente".
1. Foco no produto
A ideia: Não estou aqui pelo dinheiro.
O alumínio escovado do iMac. A iluminação do teclado do MacBook Air. As bordas arredondadas dos ícones no iOS. O tec-tec do iPod ao dar voltas e voltas com o dedo em busca de uma música. A caixa fosca com um novo iPhone repousando cuidadosamente no berçário. A Apple cria fetiche em cima de fetiche para seus produtos. Durante suas passagens à frente dela (1976-1985 e 1997-2011), Steve Jobsbuscou isso. O foco na excelência do produto esteve teoricamente à frente da busca por lucros. O que significava uma atenção assombrosa do chefe pelos mínimos detalhes. Por exemplo, em 1998, Jobs bateu o pé com a entrada de CD do iMac. Ele exigia um slot como os dos mais sofisticados aparelhos de som da época em vez de uma bandeja. Conseguiu o que queria, mesmo contrariando sua equipe.
Porém...
Não foi a primeira vez que Jobs errou. Ele insistiu no slot drive mesmo sabendo que ele era incompatível com uma tecnologia que despontava na época, o gravador de CDs, só disponível no formato bandeja. A Apple ficou de fora do incipiente mercado de CD-Rs. Além disso, foco no produto não é o único caminho do sucesso. A Apple já tinha um sistema operacional de interface gráfica quando a Microsoft lançou o Windows, em 1985. Jobs e Bill Gates roubaram essa ideia da Xerox. Gates disponibilizou o Windows para qualquer PC. Jobs manteve seu sistema apenas em computadores Apple. Perdeu.
2. Cercar-se de craques
A ideia: Pessoas nível B atraem outras B, que atraem gente C. Evite.
Para uma marca cultuada e um CEO de ares messiânicos, Apple e Steve Jobs tinham relativamente pouca dificuldade em atrair gente acima da média. Mas muito do culto não é gratuito, afinal a Apple é feita de profissionais extremamente talentosos, é claro. Até porque Jobs demitia sem doer e humilhava funcionários na frente de todos. Ele não queria dar espaço à mediocridade. E fazia isso de um jeito excêntrico. Perguntava em entrevistas de emprego se o candidato era virgem e se já tinha tomado LSD, por exemplo. A pessoa tinha que “querer deixar uma marca no Universo”. E Jobs queria sentir isso, encontrar gente “criativa, muito inteligente e ligeiramente rebelde”, segundo sua biografia, escrita pelo jornalista americano Walter Isaacson.
Porém...
Jobs não tinha curso superior. Mas ele não precisava. E o resto da empresa? A Apple investe pouco em seus funcionários, segundo Bob Sanders, presidente da consultoria americana Sanders. “Pegar alguém mediano e levá-lo a níveis que ele nunca sonhou é a marca de um grande líder”, diz. Jobs dificilmente diria algo assim.
3. Perfeccionismo
A ideia: A ideia só será lançado quando estiver perfeito.
Jobs preferia atrasar o lançamento de um produto se ele ainda não estivesse incrível aos seus olhos. Essa perfeição podia estar no chão das Apple Stores, revestido de um arenito específico da Toscana, ou no Gorilla Glass, o resistente vidro do iPhone 4. A atenção obsessiva pelos detalhes, que fazia com que a mera compra de uma máquina de lavar se tornasse uma discussão de 2 semanas com a mulher, tornou a Apple um símbolo do design nas últimas 3 décadas.
Porém...
O iMac G4 Cube, de 2000, era um cubo tão sofisticado que parou no Museu de Arte Moderna de Nova York. Mas fracassou nas vendas por ser caro demais. Às vezes, apostar em algo sabidamente inferior que a concorrência pode ser certeiro. O Nintendo Wii, de 2006, é menos potente que os concorrentes. Mas mudou o rumo dos videogames com o controle sensível a movimentos. Por anos, o Wii vendeu mais que o PlayStation 3 e o Xbox 360 juntos.
4. Arte da sedução
A ideia: O fascínio do campo de distorção da realidade.
Jobs convencia qualquer um. Dobrou as gravadoras, inimigas do download ilegal, a vender música na internet, na iTunes store. e distorcia a realidade para fazer todos verem o que ele queria. Após críticas à antena do iphone 4, declarou: “Não somos perfeitos. Celulares não são perfeitos”. Não assumiu a falha e mudou o foco ao distribuir a culpa entre todos os fabricantes de celular.
Porém...
Ele se deixava enganar por suas ideias. Desprezou o tratamento convencional para o câncer, que descobrira ter em 2005. Apostava em bizarros jejuns e dietas. Quando jovem, achou que isso o dispensaria do banho. Depois, acreditou que se curaria. Perdeu.
5. Maniqueísmo
A ideia: Tudo se divide em ótimo ou lixo.
Para Jobs, tudo no mundo é excelente ou uma porcaria, sem meio-termo. e ele podia mudar de opinião no dia seguinte. “A gente vivia com medo de ser derrubado do pedestal”, diz Bill Atkinson, designer do primeiro Mac, na biografia do ex-patrão. Quem sentiu a transição do céu ao inferno foi a Adobe. AApple ajudou a empresa a crescer ao adotar seus programas. Mas, nos anos 90, a Adobe dava mais atenção ao Windows, fazendo pouco caso da Apple. Jobs se vingou dos antigos aliados ao vetar o Flash, da Adobe, no iphone e no ipad. A explicação? “Flash é uma mixórdia tecnológica.”
Porém...
A Apple brigou com o Google, acusando-o de roubo de patentes. Mas está perdendo nas lojas. O Android, sistema operacional do rival, é mais popular que o iphone. Abandonar o maniqueísmo e aceitar o meio-termo pode ser bom. Em 2011, LG e sony baixaram armas após brigas por patentes. pouparam esforços e dinheiro.
6. Centralização nos negócios
A ideia: Quanto menos gente souber dos próximos passos, melhor.
Jobs era centralizador. Do material de acabamento dos iPods às vidraças das Apple Stores, da fábrica ao marketing, ele estava em tudo. E compartilhava pouco. Quase nenhum funcionário viu o iPhone antes do lançamento. Ele confiava tanto no próprio instinto que levou a Apple até onde chegou: a empresa mais valiosa do mundo.
Porém...
Centralização em excesso pode ser um problema. Os executivos da Kodak não deram valor a Steve Sasson, engenheiro da empresa que inventou a câmera digital, em 1975. Em 2012, a gigante da fotografia pediu concordata. Já a 3M ouviu e investiu na ideia de 2 funcionários. Em 1980, ela lançou um de seus mais famosos inventos, o Post-it.
7. Aversão Ao PowerPoint
A ideia: Quem usa o .ppt não sabe do que está falando.
Jobs era um showman e até seus desafetos reconheciam isso. em reuniões, dava escândalo quando alguém apresentava uma ideia usando o powerpoint. Não porque fosse um programa da Microsoft (o powepoint tem versão para Mac). Mas porque, para Jobs, quem sabe do que está falando não precisa da muleta corporativa dos slides. “Imbecil” era um adjetivo bastante atribuído a quem fazia apresentações assim. E agora, o último slide:
Porém...
Ele mesmo usava slides. Mas brilhar muito em apresentações nem sempre é a chave para uma carreira brilhante. O próprio steve Wozniak, cofundador da Apple, compensou a timidez extrema sendo um engenheiro fora de série. E só mais uma coisa: evite terminar suas apresentações como Jobs, usando a saída triunfal do “só mais uma coisa”. Você pode correr o risco de ser, nas palavras dele, “um babaca”.
A ideia: Não estou aqui pelo dinheiro.
O alumínio escovado do iMac. A iluminação do teclado do MacBook Air. As bordas arredondadas dos ícones no iOS. O tec-tec do iPod ao dar voltas e voltas com o dedo em busca de uma música. A caixa fosca com um novo iPhone repousando cuidadosamente no berçário. A Apple cria fetiche em cima de fetiche para seus produtos. Durante suas passagens à frente dela (1976-1985 e 1997-2011), Steve Jobsbuscou isso. O foco na excelência do produto esteve teoricamente à frente da busca por lucros. O que significava uma atenção assombrosa do chefe pelos mínimos detalhes. Por exemplo, em 1998, Jobs bateu o pé com a entrada de CD do iMac. Ele exigia um slot como os dos mais sofisticados aparelhos de som da época em vez de uma bandeja. Conseguiu o que queria, mesmo contrariando sua equipe.
Porém...
Não foi a primeira vez que Jobs errou. Ele insistiu no slot drive mesmo sabendo que ele era incompatível com uma tecnologia que despontava na época, o gravador de CDs, só disponível no formato bandeja. A Apple ficou de fora do incipiente mercado de CD-Rs. Além disso, foco no produto não é o único caminho do sucesso. A Apple já tinha um sistema operacional de interface gráfica quando a Microsoft lançou o Windows, em 1985. Jobs e Bill Gates roubaram essa ideia da Xerox. Gates disponibilizou o Windows para qualquer PC. Jobs manteve seu sistema apenas em computadores Apple. Perdeu.
2. Cercar-se de craques
A ideia: Pessoas nível B atraem outras B, que atraem gente C. Evite.
Para uma marca cultuada e um CEO de ares messiânicos, Apple e Steve Jobs tinham relativamente pouca dificuldade em atrair gente acima da média. Mas muito do culto não é gratuito, afinal a Apple é feita de profissionais extremamente talentosos, é claro. Até porque Jobs demitia sem doer e humilhava funcionários na frente de todos. Ele não queria dar espaço à mediocridade. E fazia isso de um jeito excêntrico. Perguntava em entrevistas de emprego se o candidato era virgem e se já tinha tomado LSD, por exemplo. A pessoa tinha que “querer deixar uma marca no Universo”. E Jobs queria sentir isso, encontrar gente “criativa, muito inteligente e ligeiramente rebelde”, segundo sua biografia, escrita pelo jornalista americano Walter Isaacson.
Porém...
Jobs não tinha curso superior. Mas ele não precisava. E o resto da empresa? A Apple investe pouco em seus funcionários, segundo Bob Sanders, presidente da consultoria americana Sanders. “Pegar alguém mediano e levá-lo a níveis que ele nunca sonhou é a marca de um grande líder”, diz. Jobs dificilmente diria algo assim.
3. Perfeccionismo
A ideia: A ideia só será lançado quando estiver perfeito.
Jobs preferia atrasar o lançamento de um produto se ele ainda não estivesse incrível aos seus olhos. Essa perfeição podia estar no chão das Apple Stores, revestido de um arenito específico da Toscana, ou no Gorilla Glass, o resistente vidro do iPhone 4. A atenção obsessiva pelos detalhes, que fazia com que a mera compra de uma máquina de lavar se tornasse uma discussão de 2 semanas com a mulher, tornou a Apple um símbolo do design nas últimas 3 décadas.
Porém...
O iMac G4 Cube, de 2000, era um cubo tão sofisticado que parou no Museu de Arte Moderna de Nova York. Mas fracassou nas vendas por ser caro demais. Às vezes, apostar em algo sabidamente inferior que a concorrência pode ser certeiro. O Nintendo Wii, de 2006, é menos potente que os concorrentes. Mas mudou o rumo dos videogames com o controle sensível a movimentos. Por anos, o Wii vendeu mais que o PlayStation 3 e o Xbox 360 juntos.
4. Arte da sedução
A ideia: O fascínio do campo de distorção da realidade.
Jobs convencia qualquer um. Dobrou as gravadoras, inimigas do download ilegal, a vender música na internet, na iTunes store. e distorcia a realidade para fazer todos verem o que ele queria. Após críticas à antena do iphone 4, declarou: “Não somos perfeitos. Celulares não são perfeitos”. Não assumiu a falha e mudou o foco ao distribuir a culpa entre todos os fabricantes de celular.
Porém...
Ele se deixava enganar por suas ideias. Desprezou o tratamento convencional para o câncer, que descobrira ter em 2005. Apostava em bizarros jejuns e dietas. Quando jovem, achou que isso o dispensaria do banho. Depois, acreditou que se curaria. Perdeu.
5. Maniqueísmo
A ideia: Tudo se divide em ótimo ou lixo.
Para Jobs, tudo no mundo é excelente ou uma porcaria, sem meio-termo. e ele podia mudar de opinião no dia seguinte. “A gente vivia com medo de ser derrubado do pedestal”, diz Bill Atkinson, designer do primeiro Mac, na biografia do ex-patrão. Quem sentiu a transição do céu ao inferno foi a Adobe. AApple ajudou a empresa a crescer ao adotar seus programas. Mas, nos anos 90, a Adobe dava mais atenção ao Windows, fazendo pouco caso da Apple. Jobs se vingou dos antigos aliados ao vetar o Flash, da Adobe, no iphone e no ipad. A explicação? “Flash é uma mixórdia tecnológica.”
Porém...
A Apple brigou com o Google, acusando-o de roubo de patentes. Mas está perdendo nas lojas. O Android, sistema operacional do rival, é mais popular que o iphone. Abandonar o maniqueísmo e aceitar o meio-termo pode ser bom. Em 2011, LG e sony baixaram armas após brigas por patentes. pouparam esforços e dinheiro.
6. Centralização nos negócios
A ideia: Quanto menos gente souber dos próximos passos, melhor.
Jobs era centralizador. Do material de acabamento dos iPods às vidraças das Apple Stores, da fábrica ao marketing, ele estava em tudo. E compartilhava pouco. Quase nenhum funcionário viu o iPhone antes do lançamento. Ele confiava tanto no próprio instinto que levou a Apple até onde chegou: a empresa mais valiosa do mundo.
Porém...
Centralização em excesso pode ser um problema. Os executivos da Kodak não deram valor a Steve Sasson, engenheiro da empresa que inventou a câmera digital, em 1975. Em 2012, a gigante da fotografia pediu concordata. Já a 3M ouviu e investiu na ideia de 2 funcionários. Em 1980, ela lançou um de seus mais famosos inventos, o Post-it.
7. Aversão Ao PowerPoint
A ideia: Quem usa o .ppt não sabe do que está falando.
Jobs era um showman e até seus desafetos reconheciam isso. em reuniões, dava escândalo quando alguém apresentava uma ideia usando o powerpoint. Não porque fosse um programa da Microsoft (o powepoint tem versão para Mac). Mas porque, para Jobs, quem sabe do que está falando não precisa da muleta corporativa dos slides. “Imbecil” era um adjetivo bastante atribuído a quem fazia apresentações assim. E agora, o último slide:
Porém...
Ele mesmo usava slides. Mas brilhar muito em apresentações nem sempre é a chave para uma carreira brilhante. O próprio steve Wozniak, cofundador da Apple, compensou a timidez extrema sendo um engenheiro fora de série. E só mais uma coisa: evite terminar suas apresentações como Jobs, usando a saída triunfal do “só mais uma coisa”. Você pode correr o risco de ser, nas palavras dele, “um babaca”.
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