Conheça 5 das batalhas mais sangrentas da Segunda Guerra Mundial


Entre 1939 e 1945, o mundo viveu momentos de terror. Estima-se que 50 a 70 milhões de pessoas tenham morrido durante a Segunda Guerra Mundial, o que faz dela o conflito mais sangrento da história da humanidade.
Tudo começou quando Adolf Hitler, o ditador alemão, assumiu o poder e decretou a invasão da Polônia em 1939. Alemanha, Itália e Japão se uniram para formar o Eixo. Do outro lado, os chamados Aliados eram Inglaterra, França, União Soviética e os Estados Unidos. O conflito de proporções assustadoras teve fim somente em 1945, quando os Estados Unidos bombardearam as cidades de Hiroshima e Nagasaki.
Se pensarmos que todas essas potências mundiais dispunham de tecnologias de armamento avançadas e desenvolvidas especialmente para aniquilar os inimigos, não é nenhuma surpresa o fato de que a Segunda Guerra Mundial estrelou algumas das batalhas mais violentas da história, ferindo, matando e deixando sequelas em milhares – e até mesmo milhões – de vidas.
Como acontece com outros fatos históricos, é sempre importante levar em consideração de que o real número de fatalidades é amplamente discutido por várias fontes. Ainda, o conceito de “batalha” não tem uma definição exata. Enquanto alguns podem considerar apenas pequenos conflitos que ocorreram em áreas isoladas, outros incluem grandes operações e campanhas militares.

5. Batalha da França



  • Países envolvidos: França, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Canadá, Polônia, Alemanha e Itália
  • Fatalidades: 469 mil pessoas
  • Período da batalha: 10 de maio de 1940 a 25 de junho de 1940
Também conhecida como a “Queda da França”, essa batalha representa o sucesso da invasão dos alemães na França e nos países baixos. Após a conquista da Polônia em setembro de 1939, Hitler decidiu concentrar suas ações no lado oeste da Europa. Seu objetivo final era invadir a União Soviética, mas o Führer sabia que seria preciso derrotar as nações do oeste europeu para evitar que a guerra acontecesse em duas frentes. Por isso, o seu plano foi invadir os países baixos (Holanda, Luxemburgo, Bélgica) e a França. Em teoria, se essa empreitada fosse bem sucedida, então a Alemanha poderia conquista o Reino Unido e voltar para o leste para enfrentar os russos.
Como a Batalha da França se deu ainda no início da guerra, os dois lados ainda não estavam plenamente fortalecidos. A Alemanha, por exemplo, tinha muito menos tropas do que os Aliados. Esse fato só não representou um problema porque o exército alemão tinha planos muito bem traçados.
Depois de tomar os países baixos, a Alemanha teria que encarar a França e o Reino Unido. Na primeira operação (chamada de “Caso Amarelo”) as unidades alemãs avançaram sobre a região de Ardenas e cercaram as unidades aliadas que estavam instaladas na Bélgica. Com as forças francesas e britânicas sendo obrigadas a recuarem em direção ao mar, a Força Aérea Britânica se retirou.
Em seguida, na segunda operação (que ganhou o nome de “Caso Vermelho”), os alemães dominaram as já esgotadas forças francesas. Durante a Batalha da França, as milícias britânicas e francesas foram evacuadas e, por consequência, as regiões norte e oeste da França foram declaradas zonas de ocupação alemã. Após a batalha, a Alemanha estava livre para criar suas estratégias para conquistar o Reino Unido.

4. Batalha de Moscou



  • Países envolvidos: Alemanha e União Soviética
  • Fatalidades: 1 milhão de pessoas
  • Período da batalha: 2 de outubro de 1941 a 7 de janeiro de 1942
O objetivo de Hitler ao invadir a União Soviética (Operação Barbarossa) sempre foi conquistar Moscou, pois a cidade era considerada um importante centro político e militar. O plano original do Eixo era conquistar Moscou dentro de quatro meses após o início da invasão na URSS para que as milícias não precisassem se deparar com a entrada do inverno. Mas as chuvas de outono e a forte resistência dos russos atrasaram o avanço dos alemães, que só em dezembro conseguiram chegar a 30 quilômetros de Moscou. O exausto Exército Vermelho foi poupado pelo rigoroso inverno russo e tropas militares da Sibéria treinadas especialmente para lutar nessas condições chegaram como reforços. Algumas fontes apontam que as temperaturas chegaram a 50°C negativos e que Hitler tinha sido avisado das dificuldades climáticas que poderiam encontrar.
O ataque ao centro político e militar ganhou o nome de “Operação Typhoon” e tinha duas ofensivas planejadas. Uma delas era no norte de Moscou contra o fronte de Kalinin e a outra aconteceria no sul do oblast da cidade. O começo da operação trouxe sucesso para os alemães, mas os russos resistiram bravamente. O inverno não permitiu que as tropas alemãs avançassem para Moscou e, após semanas de frio intenso, o Exército Vermelho contra-atacou e obrigou os alemães a recuarem mais de 160 quilômetros da cidade.
Mesmo com a vitória da Rússia, as duas nações se viram diante de uma grande devastação e uma perda irreparável. Na primavera, os soviéticos lançaram uma nova ofensiva contra os alemães, o que serviria como estopim para a Batalha de Stalingrado, que eles também venceriam.

3. Batalha de Stalingrado



  • Países envolvidos: Alemanha e União Soviética
  • Fatalidades: 2 milhões de pessoas
  • Período da batalha: 23 de agosto de 1942 a 2 de fevereiro de 1943
A Batalha de Stalingrado envolveu tropas da Alemanha nazista e da União Soviética. Esse foi o maior dos ataques alemães em direção ao leste e acabou marcado por perdas terríveis, fazendo com que essa fosse a batalha mais sangrenta de todos os tempos.
Meses depois da derrota em Moscou, os nazistas decidiram atacar a cidade de Stalingrado – hoje conhecida como Volgogrado por causa do Rio Volga. A conquista da cidade era importante porque Stalingrado era uma rota de transporte vital entre o Mar Cáspio e o norte da Rússia, além de ser a porta de entrada para a região do Cáucaso, muito rica em petróleo.
Hitler estava confiante de que poderia derrotar os russos já que o clima não era mais uma questão importante. Por isso, os alemães deram início ao confronto com ataque aéreos e mais 150 mil soldados e 500 tanques no solo. Eles chegaram a dominar 90% da cidade, mas os russos não se renderam em nenhum momento.
A batalha se arrastou por cinco meses e os soviéticos resistiram até a chegada de um novo inverno. Em novembro de 1942, o Exército Vermelho contra-atacou mais uma vez e teve sucesso, conseguindo dominar 300 mil membros do Eixo. Embora o Führer tivesse insistido, as tropas alemãs – que já haviam sofrido com o clima e com a fome – se renderam contra a sua vontade em fevereiro de 1943.
Essa foi uma das principais batalhas da Segunda Guerra Mundial, que acabou mostrando a força dos Aliados. Embora os soviéticos tenham ganhado a batalha, estima-se que tenham perdido mais de 1 milhão de militares. Algumas fontes apontam que as tropas do Eixo tenham sofrido um desfalque de mais de 800 mil soldados e, para confirmar essa como a batalha mais violenta da história, 40 mil civis também morreram durante o conflito.

2. Batalha de Kursk


  • Países envolvidos: Alemanha e União Soviética
  • Fatalidades: 388 mil pessoas
  • Período da batalha: 5 de julho de 1943 a 16 de julho de 1943 (ataque alemão); 12 de julho de 1943 a 23 de agosto de 1943 (ataque soviético)
A Batalha de Kursk aconteceu logo após a Batalha de Stalingrado e foi a última investida da Alemanha na região leste. Esse conflito ficou conhecido por ter o maior número de choques de tanques em toda a guerra e também por ter os mais elevados custos em um único dia devido aos ataques aéreos. Estima-se que mais de 6 mil tanques, 4 mil aviões e 2 milhões de soldados tenham entrado em combate. As forças alemãs batizaram o ataque de “Operação Citadel”, enquanto a União Soviética escolheu “Operação Polkovodets Rumyantsev” para sua ofensiva e “Operação Kutuzov” para a ação defensiva.
Hitler e suas tropas tinham planos estratégicos para explodir o Exército Vermelho, mas os soviéticos puderam prever a ação do ditador alemão. Além disso, eles esperavam a chegada de tanques e mais material bélico para que seu plano tivesse sucesso. Enquanto isso, os soviéticos ganharam tempo para planejar seu contra-ataque e enfraquecer as tropas alemãs. Essa foi a primeira vez em que as forças alemãs tiveram seus planos contidos antes mesmo de atacar.
A guerra na Europa durou mais 2 anos, mas quando a Batalha de Kursk terminou, os americanos e britânicos estava prestes a invadir a Itália, o Exército Vermelho estava na ofensiva e os Aliados estavam produzindo mais artigos de guerra do que os alemães. Somente em Kursk, estima-se que a Alemanha tenha perdido 720 tanques, 680 aviões, além de contabilizar 170 mil fatalidades nessa batalha.

1. Batalha de Berlim



  • Países envolvidos: Alemanha e União Soviética
  • Fatalidades: 1.298.745 milhões de pessoas
  • Período da batalha: 16 de abril de 1945 a 2 de maio de 1945
A Batalha de Berlim marca o fim da Segunda Guerra Mundial. Um dos principais conflitos da guerra arrematou inúmeras vidas e viu a queda da Alemanha junto com Hitler e seus seguidores, que acabaram cometendo suicidio.
O Exército Vermelho chegou ao Rio Oder, na Alemanha, com mais soldados e munição do que tinham os alemães. Conforme as tropas soviéticas se aproximavam de Berlim, o Führer não tinha outra escolha senão arrumar pessoas para conter os soldados. Inflamados pela propaganda alemã que mostrava a destruição causada pelos soviéticos, os alemães não viram outra saída que não fosse atender aos pedidos do ditador.
Quando as tropas russas cercaram Berlim, Hitler havia recrutado a Wehrmacht (forças defensivas), a Volkssturm (milícia) e a Waffen-SS (polícia de elite), além de milhares de jovens inexperientes em uma tentativa desesperada de conter os ataques.
No final, os alemães somavam 300 mil soldados, enquanto os soviéticos passavam de milhões. Estima-se que mais de 2 milhões de tiros tenham sido trocados em Berlim, já que os tanques russos não surtiam tanto efeito com uma cidade de ruas devastadas. Dois dias após o tiroteio, a cidade havia sido tomada pelas tropas do Exército Vermelho.
Em maio de 1945, a cidade de Berlim se entregou aos soviéticos e a Segunda Guerra Mundial na Europa chegou ao fim. No entanto, o medo dos alemães em se entregar para as tropas russas era tão grande que eles continuaram lutando e buscando resistir para que pudessem se render às forças ocidentais em vez de serem capturados pela URSS.

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