Steve Ballmer, da Microsoft, é acusado de bicotar executivos que ameaçavam o seu posto na companhia
O livro escrito por um antigo funcionário da Microsoft vem dando o que falar nos Estados Unidos. Tudo porque o ex-executivo da empresa, chamado Joachim Kempin, faz duras acusações ao principal diretor da companhia: o também polêmico Steve Ballmer.
De acordo com os textos de Kempin, durante toda a sua carreira dentro da Microsoft ele teria percebido indícios de que o atual CEO da empresa estaria forçando a saída de qualquer executivo que representasse alguma ameaça ao seu papel dentro da gigante de Redmond – ou seja, usando artifícios no mínimo “discutíveis” para se manter como cabeça da companhia.
Quase duas décadas de observação
Apesar de não ser conhecido pelo grande público, Joachim Kempin não é um funcionário qualquer falando mal de seu antigo emprego. O executivo trabalhou quase duas décadas na empresa, liderando, nos tempos áureos da companhia, a venda de Windows para os fabricantes de computadores. Ou seja, ele tinha contato com Ballmer e viu muitas coisas acontecerem.
Em uma entrevista para a Reuters, Kempin cita como exemplo a saída do ex-executivo Richard Belluzzo. De acordo com ele, Belluzo tinha um papel estratégico fundamental no lançamento do Xbox, ocupando o cargo de COO e trabalhando no topo da companhia – diretamente com ninguém menos do que Steve Ballmer.
Segundo Joachim Kempin, o executivo praticamente não tinha “ar para respirar”, pois, com ele por perto, o CEO da Microsoft estaria pensando sempre algo como “este homem pode estar querendo o meu lugar”. Com isso, “ele tinha menos ar ainda” e, invariavelmente, acabou largando o seu posto – ou sendo convidado a se retirar. Por causa disso, Belluzo teria durado apenas 14 meses na Microsoft.
Os exemplos de Kempin não param por aí. De acordo com ele, Ballmer teria se sentido ameaçado por vários outros executivos, inclusive citando vários outros nomes, como Stephen Elop, Nokia Oyj e Ray Ozzie. Ao deixá-los sair da companhia, Steve teria conseguido se consolidar como CEO, cargo que ocupa desde 2000.
Essa possível perseguição realizada por Steve Ballmer não só seria prejudicial às carreiras dos executivos demitidos, mas também estaria detonando com várias oportunidades de mercado para a Microsoft. Algumas situações teriam sido sumariamente ignoradas pelo CEO. O autor do livro afirma que a empresa teve nas mãos vários momentos-chave para se manter no topo do mundo da tecnologia. Ele cita, por exemplo, o fato de que a companhia tinha um projeto de tablet já com o Windows XP, contudo, o trabalho nunca foi conduzido como deveria.
Para Kempin, para que a Microsoft volte a crescer da forma sólida como sempre o fez, só há uma alternativa: a aposentadoria de Steve Ballmer. Segundo ele, a empresa precisa de um executivo mais jovem, com idade entre 35 e 40 anos, alguém que surja com novas ideias e uma “cabeça mais aberta” e que, principalmente entenda a nova geração e como o atual mundo da tecnologia realmente funciona.
Por fim, vale lembrar que a competência do executivo já foi alvo de outra publicação também muito importante. A revista Forbes, famosa por seus artigos de economia e negócios, elegeu Ballmer como o pior CEO dos Estados Unidos na metade do ano passado.
Perseguição = oportunidades perdidas
Para Kempin, para que a Microsoft volte a crescer da forma sólida como sempre o fez, só há uma alternativa: a aposentadoria de Steve Ballmer. Segundo ele, a empresa precisa de um executivo mais jovem, com idade entre 35 e 40 anos, alguém que surja com novas ideias e uma “cabeça mais aberta” e que, principalmente entenda a nova geração e como o atual mundo da tecnologia realmente funciona.
Por fim, vale lembrar que a competência do executivo já foi alvo de outra publicação também muito importante. A revista Forbes, famosa por seus artigos de economia e negócios, elegeu Ballmer como o pior CEO dos Estados Unidos na metade do ano passado.
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