Dinossauros sem penas em Jurassic Park 4 a pesar das descobertas científicas


Desde quando o primeiro Jurassic Park chegou aos cinemas, em 1993, para apavorar o público e fazer as pessoas pularem da cadeira – tanto em aventura quanto em admiração pelos espetaculares efeitos visuais – muito mais se descobriu sobre o aspecto e as características dos dinossauros.
Ficou comprovado de uns anos pra cá que esses animais apresentavam cerdas, penas ou um revestimento similar em seus corpos. É certo, entre paleontólogos e a comunidade científica, que o velociraptor, por exemplo, era um dinossauro emplumado, e provavelmente o tiranossauro também – justamente as duas espécies que brilharam no filme de Spielberg.
De acordo com cientistas, os dinossauros eram muito mais estranhos e chamativos do que pensávamos, e o papel deles na linha evolutiva dos pássaros está mais bem definido. Parece, porém, que os produtores da franquia cinematográfica preferem ignorar as mais recentes descobertas sobre esses animais.

Apenas entretenimento

O diretor do quarto filme da série, Colin Trevorrow, postou na sua conta (não confirmada) do Twitter que o seu Jurassic Park não vai apresentar dinossauros com penas. A decisão parece levar em conta o visual que foi estabelecido pela franquia nas obras anteriores.
A ideia de dinossauros cobertos em penas pode soar menos assustadora para o público do que animais monstruosos de pele crua e com uma aparência mais reptiliana. Porém, os produtores deixam de perceber o potencial que existe em imaginar essas criaturas emplumadas. Como propõe um jornalista científico da National Geographic, a imagem de um velociraptor limpando suas penas sujas de sangue após uma matança pode ser perturbadora.
O filme, que tem previsão de lançamento para junho de 2014, não tem evidentemente uma obrigação com a precisão científica da aparência dos dinossauros, mas o sucesso da franquia se deve justamente pela recriação em um nível realista dos extintos animais – de tal maneira que são as imagens dos filmes que vêm à cabeça quando tentamos imaginar a aparência de um dinossauro.
Por isso, a polêmica em relação ao suposto tweet do diretor na rede e a bronca da comunidade científica fazem um pouco de sentido. Afinal, não seria essa uma boa oportunidade de apresentar as mais recentes descobertas sobre esses animais ao grande público das salas de cinema? E assim, talvez uma nova geração de espectadores poderia se interessar por essas criaturas, mas com uma percepção e uma imagem mais próxima do que elas eram de verdade.


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