Um IPhone pode consumir mas energia que uma geladeira de médio porte


Parece exagero, certo? Mas de acordo com Mark Mills, CEO da companhia de consultoria Digital Power Group, um iPhone é capaz de consumir mais energia que uma geladeira de médio porte. Enquanto o eletrodoméstico utiliza algo em torno de 322 kWh por ano, um iPhone pode chegar a sugar até 361 kWh ao cabo de 365 dias. Esta análise considera, naturalmente, o uso pleno das funções do iGadget (como rede wireless sempre ligada).
E por que esta informação é, antes de curiosa, relevante? Sob o título de The Cloud Begins With Coal (“a nuvem começa com o carvão”, em tradução livre), o estudo publicado pela Digital Power Group traz à tona a quantidade de energia consumida pela rede mundial de tecnologia da informação: anualmente, 1.500 TWh são usados por todo esse ecossistema digital – para se ter uma ideia, esse número equivale a toda a eletricidade produzida pelo Japão e pela Alemanha combinada.
Em resumo, as ICTs (Tecnologias de Comunicação e Informação) usam, atualmente, 10% de toda a energia produzida no planeta. Iinfraestruturas de servidores que chegam a ter o tamanho de sete campos de futebol, os gigantescos e famintos terminais da Bloomberg e todos os demais serviços prestados por todas essas facilidades em comunicação estão consumindo uma fatia cada vez maior da grande torta de energia do mundo.



Em termos práticos, pode-se dizer que aproximadamente 90 mil casas poderiam ser abastecidas por ano por toda a eletricidade sugada pelas fazendas de tecnologia. “A transmissão de dados sem fio, seja via 3G ou Wi-Fi, aumenta significativamente o consumo de energia. Assim, a nuvem cresce sempre mais e mais, pois integramos nossos arquivos e dispositivos às redes wireless constantemente”, diz Bryan Walsh, editor sênior da revista Time.

O dilema dos smartphones


O jornalista Slate Manjoo, também da revista Time, fala sobre o “dilema dos smartphones”. “Nos próximos anos, pelo menos até que alguém desenvolva uma tecnologia melhor de gerenciamento de energia, teremos de escolher entre o desempenho e a duração de bateria”. A solução é, conforme ainda sugere Mills, pensar em formas alternativas de desenvolvimento.



“Se Mark Mills está certo de que as ICTs vão alterar o modo com que usamos energia elétrica, precisamos pensar seriamente sobre como desenvolver esse setor de tecnologia de forma mais barata e limpa”, pontuam as linhas de um artigo publicado pelo site Thebreackthrough.


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