Você sabia que há muitas razões pelas quais nós não deveríamos existir?


Nós somos realmente muito sortudos por existir. E não estamos falando de motivos religiosos, sobre o amor ou nenhuma outra discussão filosófica sobre o pensamento e o mundo das ideias platônico. Era muito improvável que seu pai tivesse conhecido a sua mãe, e depois concebido você em um momento exato e único. Isso também vale para os pais dos seus pais, para os pais deles, e assim por diante, até tempos imemoriáveis.
A vida em nosso universo sobrepõe probabilidades quase infinitas de erro, e isso é o jeitinho da ciência de nos fazer sermos gratos por estarmos por aí. Mas não pense que isso não pode piorar, pois ao passo que aprofundamos um pouco mais a teoria das coisas em relação à existência de vida, a situação fica cada vez mais periclitante.
Se o universo tivesse optado por aumentar a força eletromagnética mesmo em pouquíssimos fatores, pronto. As estrelas não seriam capazes de produzir materiais pesados, muito menos o planeta em que habitamos. Além disso, se o universo tivesse ficado com a densidade um pouquinho maior por apenas alguns minutos, ele teria entrado em colapso mesmo antes de se formar como o conhecemos hoje.

Enfim, o quão mais hostil pode ser o Universo quanto à nossa existência?



As leis da Física parecem trabalhar contra nós. Os físicos gostam de fingir que as equações que regem o Universo são composições ordeiras e elegantes. Na realidade, a história da Física se baseia no uso de princípios de simetria aplicados na construção de leis complexas (e muito complicadas) para o comportamento do Universo.
Albert Einstein, por exemplo, foi capaz de formular sua teoria especial de relatividade — aquela que nos forneceu a relação E = mc² — praticamente a partir da simples ideia de que não havia distinção a se fazer entre observadores imóveis e aqueles que estavam em movimento uniforme.
Durante o século passado, o matemático Emmy Noether foi capaz de provar que a simetria universal funciona com base em princípios físicos. Com isso, se o universo inteiro funciona com base em simetria, podemos prontamente concluir que os seres humanos são uma espécie de caroço ou impureza, contribuindo para arruinar a beleza de todo o cosmos.
E quem se interessar ainda mais pela questão pode acessar diretamente ao artigo do portal Slate, que aponta quatro razões pelas quais nós não deveríamos existir (no idioma inglês). Enfim, se os humanos não deveriam estar aqui ou se eles deveriam, o que importa é que estamos. Agora basta aproveitar!

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